domingo, 27 de novembro de 2011

Eu, meus filhos, meus netos...

   Foi muito interessante ver a minha mãe receber os filhos e netos em casa...
   Ela se preparou desde o dia anterior para poder recebe-los. Horas e horas na cozinha, antecipando a preparação do almoço que seria servido no dia seguinte. 
   Desde a preparação do cardápio até a decoração da mesa. Somente um amor desinteressado poderia despertar tamanha dedicação e carinho...
   Me expresso melhor, somente uma amor experiente poderia desencadear tamanha energia. 
   Amor que já trilhou muitos desertos, muitos oásis, montanhas gigantescas e planícies verdejantes...
   Uma pessoa idosa, na melhor idade, não se prende ao seu envelhecimento. Sua mente sua energia estão agora voltados para outros objetivos. Partilhar, dar, silenciar para que outros possam desfrutar da mas bela música de todos os tempos: O Amor.
   Nesta reunião, não foram precisas muitas palavras, pois o clima todo tocava no fundo esta maravilhosa música, que todos ouviam. É a linguagem da harmonia, da compreensão, do respeito mútuo, que sinceramente, só a idade traz...
   A idade é a principal fonte de sabedoria. Sabedoria que se vai trilhando às vezes por caminhos que não conseguimos entender, mas que com certeza será de muito valor no futuro.
   Como seria bom que nos preparassemos para esta altura da vida! 

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Em algum lugar do passado...

Alguém já viu este filme?
Nossa é muito lindo, mas... 
Tem momentos que deveríamos deixar as coisas como elas estão. Deixar o passado no seu lugar. Tentando retirar o que passou da caixinha, chamada passado, podemos nos presentear com lembranças e vivências que deveriam ficar na caixinha, ou talvez até serem lançadas fora. Lembranças servem para a caixinha e jogar no lixo do perdão.
Nossa ficar guardando tanto cacareco!!! Pra que?
Isso não ajuda a termos uma velhice sadia, nem mais feliz. Somente causa pesar e pode até danificar o que esta aind lembrar somente.Se a lembrança causa sensação de tristeza,raiva,medo,ressentimento, então é hora de tirar da inteiro.
Vai chegando um momento que nós precisamos nos desvencilharmos de tanto peso... se a bagagem está pesada, nós pagamos o excesso de bagagem, e não é barato não.
Vale a pena o perdão! Saber que você pode deixar este mundo sem muita bagagem e o que é mais importante, sem ter de pagar mais pelo lixo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A sabedoria é o limite

   O ser humano adquire durante sua vida, aprendizados. Todo o processo de envelhecimento se norteia nestes aprendizados . Envelhecer é para a maioria, um fardo, que muitos carregam sem saberem como se livrar dele, ou apenas aceitam sem se questionarem que vantagem tem em ficarem velhos.
   A maior vantagem de envelhecer é a possibilidade de  ver mais de perto  horizonte da vida. É caminhar em direção à plenitude, maturidade e sabedoria. 
   Muitos buscam a sabedoria em livros, religiões, filosofias. São todos complementos e é bom tê-los como fonte de sabedoria. Porém muitos se esquecem de seus próprios aprendizados e se esquecem também de buscarem sabedoria de quem já, primeiramente, trilhou o caminho das pedras. Cada pedra é conhecimento,experiência, aprendizado. Bom ou ruim é algo se guarda para lembrança ou para passar ao outro.
   Há toda uma bagagem evolutiva do ser humano que não deve ser ignorada. Uma sociedade saudavel passa sem dúvida pela ação e interação do idoso, que com sua sabedoria e caminho percorridos, apontam-nos direções seguras.  Ouvir, repensar e agir.
   Quem sabe se começarmos a valorizar o idoso dentro da sociedade, não vamos ter uma sociedade mais humana, com mais valores?

sábado, 5 de novembro de 2011

Bem vindos!!!

A Idade Sem Fronteira tem como objetivo o trocar de idéias em relação à terceira idade.Serão postados artigos referentes a esta etapa de vida tão rica e que tem tanta coisa a nos ensinar.
Alma SerenaAlma serena, a consciência pura, 
assim eu quero a vida que me resta. 
Saudade não é dor nem amargura, 
dilui-se ao longe a derradeira festa. 

Não me tentam as rotas da aventura, 
agora sei que a minha estrada é esta: 
difícil de subir, áspera e dura, 
mas branca a urze, de oiro puro a giesta. 

Assim meu canto fácil de entender, 
como chuva a cair, planta a nascer, 
como raiz na terra, água corrente. 

Tão fácil o difícil verso obscuro! 
Eu não canto, porém, atrás dum muro, 
eu canto ao sol e para toda a gente. 

Fernanda de Castro, in "Ronda das Horas Lentas"